sábado, 11 de abril de 2009

Me explica aí...11

Todo mundo vive dizendo que jogador de futebol sempre responde as mesmas coisas nas entrevistas. Ora, bolas, então, por que os repórteres não fazem outras perguntas?

Vasco x Botafogo (2)

Durante o jogo, várias daquelas informações imprescindíveis são anunciadas pelos repórteres. Foi numa dessas que eu soube que até os 40 min do primeiro tempo, o Vasco era o único time grande do Rio que ainda não havia feito gol de falta. Isso me causou duas reações. A primeira é que de hoje em diante vou poder dormir mais tranqüilamente. A segunda foi uma lembrança da época de colégio. Eu fazia parte do time de futebol de salão (não existia o futsal ainda...) da nossa turma, e que se preparava pra disputar as Olimpíadas Internas do colégio. O time não era ruim. O que também não quer dizer que fosse bom. E eu era titular, então, não precisa falar mais nada. Mas, nós conseguimos um técnico, vizinho de um dos jogadores. Ele criou pra gente umas três jogadas ensaiadas de falta, sendo que havia certos desdobramentos em função da falta ser pelo lado direito, esquerdo ou pelo centro da quadra. Tinha jogador que corria por cima da bola, outro que fingia que ia correr prum lado e saía pro outro, etc. Ensaiamos bastante, e posso afirmar que tínhamos um alto grau de sucesso nas cobranças. Pena que no jogo mesmo não sofremos nenhuma falta...

Vasco x Botafogo

Quem assistiu o jogo Vasco e Botafogo (semifinal da Taça Rio) e viu o time do Botafogo saindo do vestiário? Quem era aquela senhora, totalmente tiete, no meio dos caras ainda dentro do vestiário? Mãe de quem?

Filmes adultos 2

Galera eu descobri que as sinopses são tão boas quanto os nomes dos filmes. Selecionei algumas das mais divertidas. Em “Jogos sexuais”, três casais entram em um jogo atrás de um prêmio milionário. Aos poucos, os participantes aparecem mortos e a única maneira de fugir é transando. Hein?! E quando passar o efeito do Viagra? “Consolos Sagrados” mostra que ao se aproveitar de uma cientista, jovem distorce o tempo e espaço, e o único jeito de consertar o problema é partir para sessões quentíssimas de sexo em busca dos sete consolos sagrados. Ou seja, Marty McFly é um arqueólogo na Casa das Sete Mulheres. Outra pérola é “Chantagens Eróticas” que apresenta duas histórias. A primeira não interessa. Mas na segunda, a demônio Mija chega à terra para converter os homens à sua perversão sexual. Peraí, a demônio se chama Mija? Mija?? No enredo de “Semente do Desejo”, uma jovem vem à Terra para impedir que sementes demoníacas possuam os humanos com terríveis desejos. Mas, infelizmente, as deliciosas Nami, Chihaya e suas amigas foram infectadas e estão sedentas por sexo! Antes de comentar este filme, ainda não acredito que a demônio se chama Mija! E por falar em demônio, esse filme bem que poderia ter sido encomendado por lideranças eclesiásticas fundamentalistas que consideram o sexo um pecado. Bom, se for feito com a demônia Mija, eu até concordo. Epa, achei uma produção nacional! Pras pessoas preconceituosas que acham quem trabalha nesse ramo não pensa, taí um cala a boca: “Mexendo com as bolas”. Nesta preciosidade da sétima arte, movimento é um fenômeno físico definido como toda mudança de posição. Na hora do sexo eles vão além de qualquer definição... Pensando bem, não dá pra calar a boca não. Fechando a conta, “Corpos Ardentes”: uma estranha e deliciosa magia faz com que todas as alunas de uma escola experimentem orgasmos coletivos e simultâneos! Será que elas resistirão muito tempo a tanto prazer? Bom, além da redundância implícita (o que é incoerente num filme sexo explícito), devo dizer que se trata de mais um trabalho para Dráuzio Varela! Isso só pode ser histeria coletiva ou alguma virose. Agora eu vou mijar...ops!

Filmes adultos

Tem filmes cujo projeto original deveriam ser de curta metragem. Essa é uma típica situação dos filmes no quais assistir o trailer é suficiente. Não sei quem aí foi assistir ao filme “Pagando bem, que mal que tem?”, que por sinal está totalmente incluso nesta categoria. O trailer promete, mas o filme não cumpre. No entanto, uma das passagens do filme fala sobre os nomes de filmes pornôs, sempre fazendo sátiras com nomes de filmes famosos. Aliás, de uma forma geral, o nome desses filmes dá sempre uma entortada de boca (de zero a dez, esse é o grau três da resposta corporal humorística. Em breve falarei mais sobre isso...). Por conta disso, fui à fonte original, ou seja, programação de um canal especializado da TV a cabo. Dentre os filmes do fim de semana estão: “Provocações anais” (que deve contar a história de uma pessoa com sérios problemas de flatulência), “Na flor da idade” (sinceramente, eu nunca entendi essa expressão), “Clube da Luluzinha 3” (deve ser alguma vingança do Bolinha e do Alvinho), “Ninfeta Poderosa 22” (e eu outro dia mesmo reclamando das continuações dos filmes...), “Sexo na faculdade” (a julgar pelos anúncios de universitárias nos classificados do jornal, isso deve ser uma espécie de Big Brother), “Louca pela fama” (Ah, não, Big Brother, é esse aqui...), “11 lobos e chapeuzinho” (legítima bed time story) e “Boa de cama”, que não consegui descobrir se era filme ou outro programa. Aliás, “programa” tem tudo a ver com esse assunto, não é?

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Pré-Caju

Esse ano eu fiz minha estréia no Pré-Caju, o maior evento pré-carnavalesco do Brasil (pelo menos na contagem do organizador do evento). Eu nunca tinha participado de uma micareta desse top. A última (e única) vez que fui a um evento desse foi no Rio de Janeiro, lá pelos anos 1994 ou 95, sei lá. Só que lá a coisa ainda era mais simplória em termos de organização. Não tinha o tal abadá, que é uma camisa feia ao extremo e em tamanho único (pra mim, lê-se apertada), nem corda de isolamento. O "desfile", dos blocos aconteceu do lado de fora do autódromo Nelson Piquet, em Jacarepaguá. Em Aracaju a coisa é diferente e organizada. Nesse ponto, não tenho do que reclamar. Como sou do rock'n'roll, pedi instruções a meus alunos pra saber em qual bloco eu deveria sair. E saí. E foi no dia mais cheio de todos...e foi no bloco mais cheio de todos. Num dado momento, eu percebi que de tão cheio não dava pra ter muita liberdade de escolha de deslocamento não. Se a galera quisesse ir prum lado, você ia junto. Mas pelo menos não havia chance de cair e ser pisoteado. Não tinha espaço! Só dava pra cair se rolasse um efeito dominó perfeito e completo. Outro detalhe: eu não conhecia 90% das músicas do grupo (isso numa visão otimista). Quando tocava um refrão mais animado (que eu aprendi por osmose, já que os caras tocaram a mesma música umas seis ou sete vezes ao longo do percurso), a galera pulava, o que me fazia pular junto por conta da interação de pele causada pela muvucada. Achei melhor pular pra evitar um atrito exagerado e causar várias bolhas e ulcerações de pele. Num dado momento, resolvi jogar os braços pra cima e dançar daquele jeito. E dancei mesmo. Dancei por que quando acabou o refrão, eu não tinha como descer meus braços novamente. Não tinha espaço! O curioso é que quando rolava briga (calma, não foram tantas assim), abria-se um espaço enorme no meio da galera. E eu me pergunto: e pra onde foi esse povo todo nessa hora?

Telefone

Tem gente que não consegue ficar parado enquanto fala ao telefone. Já perceberam? O camarada fica andando de lá pra cá enquanto conversa. Numa conversa longa, estilo “discutindo a relação”, as pessoas podem caminhar quilômetros dentro de casa. Taí, gostei dessa. Falar ao telefone pode aumentar os níveis da atividade física da população. Em outros tempos (não muito antigos) isso era justificável quando você falava ao celular e ficava tentando buscar o local que desse sinal pro telefone. Isso sem levar em conta as estapafúrdias posições nas quais as pessoas acabavam mantendo pra melhorar a força do sinal. Tinha gente que se abaixava, mas levantava um braço e apontava pro céu, como se fosse uma antena. Tem gente que até hoje em shows se abaixa até o chão no meio da galera pra falar ao celular. Deve pensar que assim se forma uma cabine telefônica virtual, algo que deve funcionar tão bem quanto o cone do silêncio do agente 86. Os celulares atuais raramente exigem contorcionismos para a comunicação. E não é só isso! Hoje você pode fotografar, filmar, assistir TV, jogar videogame, e até usar dois chips de duas operadoras diferentes ao mesmo tempo em um único celular. A única desvantagem é que se der problema na bateria, você fica sem câmera, filmadora, TV, videogame, e nenhum telefone também de uma vez só. Isso sem mencionar o tamanho dos aparelhos atuais, que voltaram a crescer tridimensionalmente. Aliás, por falar em operadoras, alguém podia me explicar por que todas as operadoras dizem possuir a maior cobertura do país, mas nunca nenhum telefone funciona em todos os lugares?

Disponível

Quem usa o orkut, já deve ter reparado no novo serviço de batepapo oferecido pelo site. Até aí nada. Só que por conta disso, agora embaixo da sua foto do seu perfil aparece uma informação sobre seu status em relação a este serviço: disponível. Me senti um garoto de programa. Disponível 24 h. Com contato pela Internet. Chique não? Não.

Bandas Criativas

Adoro música. E uma das coisas que mais curto fazer é encontrar bandas e artistas novos, que ninguém ainda ouviu falar de verdade. Algo como um caça-talentos sem talento para caçar talentos. Mas mesmo assim, descobri grandes novidades. E nomes criativos, claro. Veja a lista: "A mula manca e a triste figura" (que por sinal tem uma música chamda Irene cujo refrão é "mas Gianechinni é bom, do lado de lá da televisão..."), "O canto dos malditos na terra do nunca", "Cansei de ser sexy", "A volante do sargento Bezerra", "Luísa mandou um beijo", "Sossega Leão", entre outros. Uma coisa que não entendo é a mania dessas bandas adolescentes (primeiro lugar nas paradas de "Malhação") que têm nomes de modelo de aparelho celular. Seria bem possível ouvir uma conversa assim: "E aí, trocou de celular?", "Troquei sim. Finalmente consegui pegar aquele Nokia CPM22." "Tava mais barato que o Sony Ericson NXZero?". "Tava sim". "Pô, maneiro! Mas meu sonho é trocar meu Blackberry por um Fresno! Vou ver se ganho de natal!", "Já é desbloqueado?".

Tomara que não...

Me explica aí...10

Só por curiosidade, os autores de livros de auto-ajuda escreveram os livros porque melhoraram de vida, ou melhoraram de vida porque escreveram os livros de auto-ajuda? Eu estou começando a escrever o meu. O título é "Como ganhar dinheiro escrevendo livros de auto-ajuda". Em breve, nas melhores casa de Ramos*...


*Pra quem não é do Rio, Ramos é um bairro da zona norte da cidade.

Me explica aí...9

Me explica aí quem foi que ensinou as crianças de rua a fazer malabarismo? Tem que ter tido uma escola pra isso. E o pior é que deve ser franquia, pois tem em qualquer cidade grande do país. Deve faturar mais que oMcDonalds e o Spoleto.

O Corredor Vernáculo

Certa vez, um conhecido meu começou a praticar umas corridinhas pra emagrecer e melhorar o preparo físico pra jogar seu futebolzinho de fim de semana. Ele me pedia algumas dicas de como treinar e eu fui passando a instruções pra ele. Algum tempo depois eu fui perguntar a ele como estavam as corridas. A resposta dele foi o máximo: “Ô, professor, as corridas andam paradas!” Essa foi uma das melhores construções de frase que ouvi. Correr, andar e parar numa única seqüência. E o pior é que fez sentido...

Visão Periférica

Essa idéia não é minha. Eu estava vendo um programa no SporTV, quando se discutia se um atacante estava impedido ao fazer o gol ou não. A discussão dos debatedores era sobre a responsabilidade do bandeirinha, pois era um lance difícil de se marcar. Uma outra opinião indicava que o bandeirinha é pago pra marcar impedimento e que no campo ele tem um ângulo de visão melhor do que na TV. Foi aí, que o divertido Renato Maurício Prado sugeriu algo fantástico: todo bandeirinha deveria ser vesgo! Desse modo, ele sempre vai poder ter um olho na bola e outro no atacante. Taí. Gostei dessa.

Versão Brasileira

Eu odeio filme dublado. Tira a graça das piadas e os trocadilhos ficam sem sentido. Além de algumas vozes que são selecionadas para a versão brasileira, que Deus me livre! William Wallace gritando “freedooom” no final de Coração Valente, em versão dublada, definitivamente não convence ninguém. Darth Vader dublado não mete medo nem criança. Mas agora temos uma outra mania de versão brasileira: músicas. Claro que isso não é novidade. Existem muitas músicas estrangeiras que fizeram sucesso por aqui com letra tupiniquim. O problema é quando pegam carona no sucesso dos outros, ou sejam, traduzem uma música que já fez sucesso por aqui em sua versão original. Outro dia fui a um show de “forró das antigas” aqui na terrinha, e começou a tocar uma melodia que eu conhecia, mas nunca tinha ouvido a letra antes. De repente, me dei conta que era “Still Lovin’ You” dos Scorpions. Com todo o respeito às bandas de forró, não façam isso nunca mais! As versões em pagode, então, ôxi!

And the Oscar goes to...

Não tenho mais o hábito de ficar assistindo a cerimônia de entrega do Oscar como antigamente. Até por que, atualmente você fica horas e horas vendo a premiação de um monte de categorias que definitivamente não vão te fazer assistir ao filme, pra no fim das contas só interessarem seis prêmios: melhores ator e atriz principal e coadjuvante, melhor filme e melhor filme estrangeiro. O pior é que de vez em quando passam pelas nossas telas com toda a pompa e circunstância, filmes ganhadores de três ou quatro prêmios. Quando a gente se dá conta, os prêmios são: montagem, edição de som, roteiro adaptado, fotografia, e coisas do gênero. Sinceramente, alguém já saiu do cinema comentando, "cara, o filme nem é tão bom assim, mas a fotografia...! Fala Sério!

Filmes Desnecessários

Sinceramente, tem uns filmes que não deveriam ter sido feitos. Não digo sejam filmes ruins. São simplesmente desnecessários. Algo tipo “Freddy Krugger vs. Jason”, ou “Alien vs. Predador”. Qual o sentido de um filme desses? Até por que, a exceção do Jason, todos morreram. Outros seguem a mesma linha, como por exemplo, "Shark Boy e Lava Girl". Outra curiosidade são as continuações improváveis, tipo Highlander 2 e 3. No primeiro filme, não cortaram a cabeça de todos os guerreiros até ficar only one? Então, acabou a história. Não tem mais nada pra contar. Como é que fizeram mais dois filmes depois disso? “Velozes e Furiosos” é outra seqüência sem sentido. Qual a diferença entre os filmes? Parece que queriam mudar de carro e aí filmaram tudo de novo. Alguns atores também me fazem fugir da frente da TV ou do cinema. Nessa breve lista se encotram, Chuck Norris, Jean Claude Van Damme, Steven Seagall, e o número um da repulsa: Jim Kerry, uma imitação barata de Jerry Lewis (o autêntico e original do gênero). Por outro lado, algumas figuras fazem valer a pena qualquer baboseira hollywoodiana. Assim é Morgan Freeman, por exemplo. A droga, foi quando lançaram “O Todo Poderoso”, cujos autores principais eram Jim Kerry e Morgan Freeman. Isso me gerou um conflito resolvido de forma simples: minha repulsa por JK é substancialmente maior que minha admiração por MF. Cinema é a maior diversão, não é mesmo?

Televendas

Outro dia eu estava assistindo um canal de vendas na TV a cabo, e aliás, não vou enganar ninguém dizendo aqui “eu estava passando os canais da TV quando me deparei com...”, pois eu estava assistindo mesmo, embora não tenha comprado nada. Fiquei só me distraindo com as peripécias que os atores, vendedores, consultores, promotores de venda, ou sei lá o que eles sejam, fazem para tentar convencer você de que você precisa daquele produto inútil. E precisa muito! Ainda mais com aquele preço e aquelas condições de pagamento. Enfim, isso me lembrou a praia de Geribá em Búzios, Rio de Janeiro. Lá também se vende de tudo. Até panelas de ferro eu já vi anunciar! Peraí, quem é que vai pra praia comprar panelas? Outra coisa que eu não consigo aceitar é empadinha na praia. Quando eu olho pra uma empada na praia, e vejo que a cor da massa da empada é a mesma da areia da praia, imediatamente surge uma idéia irrefutável de que alguém malandramente juntou um montinho de areia numa forminha, meteu uma azeitona dentro e começou a vender como empadinha. Tem gente que jura que o gosto é de camarão.

Muriçocas e Afins

Aracaju tem tido problemas com chuvas. Aliás, com a falta delas. Por conta disso, o abastecimento de água tem sido comprometido e foi necessário fazer um rodízio na disponibilidade de água nos bairros. Assim, nos bairros contemplados no rodízio só chega água de dois em dois dias. Foi bom terem lançado neste meio tempo um desodorante que alega ter ação que dura 48 h. É o tempo certinho pra tomar outro banho. Brincadeiras a parte, estes dias ocorreu que meu prédio ficou sem água no meio da tarde. Tentei passar a maior parte do tempo (a partir das 17h30) num Shopping perto de casa (quem me conhece deve estar dizendo: “novidade...”) para aproveitar o ar condicionado e até usar o banheiro antes de voltar pra casa. Várias das crônicas daqui foram escritas neste dia no shopping, num café que tem Internet sem fio. O problema é que saí de lá com o shopping fechando as portas, um pouco depois das 22h, suando, pois o ar condicionado não estava lá essas coisas. Não dava pra voltar pra casa e encarar o calor da noite aracajuana naquelas condições. Solução? Motel. Fui pra um motel (que por aqui se chama pousada, haja vista que a legislação local não permite que se construam motéis na área urbana da cidade). O motel se chamava Love ou algo parecido (bastante original...). Paguei R$ 15,00 por uma hora. Quer dizer, na verdade eu paguei quinze reais pra tomar um banho. Não é exatamente caro, mas só fui tomar banho. Depois, fiquei imaginando a pressão das “coisas” funcionarem no seu devido tempo pra quem tem apenas uma hora de proveito. Mas o destaque do motel não era o nome, o preço, o horário, e sim um aviso localizado dentro do quarto: “Se tiver muriçoca, chame a recepção e pegue um repelente”. Nada como estragar a brincadeira dos outros! Tem um restaurante numa cidade mais ao norte do estado que apresenta um cartaz curioso também: “Não nos responsabilizamos por moscas caídas no prato”. Avisando antes, tudo bem, né?

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Me explica aí...8

Tenho um grande amigo de época de colégio, o Adriano. Mas, na verdade ele se chama Roberto. É Roberto Adriano. Mas todo mundo só chama de Adriano. Ele mesmo só se apresenta assim. Ora, bolas, ele prefere ser chamado de Adriano e não foi ele quem escolheu nem um nem outro nome, o que que tem demais? O que me chama a atenção é que os próprios pais dele sempre o chamaram de Adriano. Ora, se era pra chamar de Adriano, por que colocaram o Roberto na frente? E o pior é que isso é bastante tradicional. E já que estamos falando de nomes, me explica aí por que razão os pais acham que é legal ficar inventando nomes pros filhos? É uma espécie de "Concurso do Nome que Ainda Não Existe". Garanto que os cachorros devem ter nomes comuns (de cachorro, mas comuns), tipo, Rex, Laika, Lassie e coisas do tipo. Mas os filhos, não. Os nomes dos filhos têm que ter mais consoantes juntas e sem sentido do que a língua é capaz de pronunciar. Parecem nomes modificados geneticamente e criados em cativeiro. Será que são nomes antigos que entraram em extinção? Se foi isso, deve ter uma boa razão pra terem sido extintos...mas, enfim, um dos nomes mais modificados geneticamente é "Jamile". Particularmente, acho o nome muito bonito (antes que as jamiles reclamem...). Mas já vi as mais diversas combinações desse nome. Se essa fosse uma palavra apresentada no "Soletrando" do Luciano Huck, ninguém ganhava o prêmio final. Saca só: Jamile, Jamili, Jamyle, Jammilly, Jamyly, Jamily, Jammylly, Jamylle, Jamila (que é uma mutação genética), e por aí vai. Há tempos atrás, tive uma aluna chamada Oseli Lúcia. Oseli? Tá errado! Cadê o "R"? É Roseli! Ou alguém esqueceu de digitar alguma coisa, ou então devia ser semana de promoção no cartório do tipo "Nomes com até cinco letras pela metade do preço!". E quanto ao sufixo "ilso" ou "ilson", que no latim deve significar "filho de mãe criativa e pai vingativo". A lista é grande: Joilson, Edilson, Edmilson, Cleilson, Jadilson, Ronilson, Denilson, e segue em diante. Entendam que eu não vou comentar (já comentando...) sobre as combinações de nome de pai e de mãe, e nem das homenagens mal feitas às celebridades, pois as explicações são muitas...rs.

Me Explica aí...7

Todo mundo alguma vez na vida deve ter tirado dinheiro em caixa eletrônico. Logo, vocês já devem ter passado por uma situação dessas. Então, me explica aí, por que é que quando você vai sacar, tipo, cem reais do caixa, a maquininha do banco começa a fazer aquele monte de barulhos enquanto a mensagem na tela diz "Aguarde a contagem das notas", e no final de tanto barulho e espera ela solta um única nota de cem reais? Cara, eu achava que ia receber cem notas de um real! Por falar nisso, um professor conhecido meu já recebeu dinheiro assim...duzentas notinhas de um real! Imagina quanto barulho a máquina não fez naquele dia...

Trôco Doce

Uma das coisas mais inúteis na economia brasileira é a moeda de um centavo. É um gasto desnecessário de recursos públicos cunhar moedas desse valor. Sejamos francos, se você estiver num restaurante e sua conta der R$29,97 (já considerando os 10% do serviço), caso pague em dinheiro, vai dar R$30,00. Vais ficar esperando três centavos de trôco? Não vai mesmo! Rola até aquela tirada de onde de pessoa benevolente, "Pode ficar com o trôco". Aaah, isso era tudo o que o garçom queria, né? Aqueles três centavos que ele pode ir juntando, dia a dia, até que no final de um ano ele terá...quase 11 reais! Eta investimento da porra (desculpem o termo). Se você for comprar qualquer coisa no mercado ou padaria, o caixa nem esboça tentativa de procurar as moedas, já vai logo te oferecendo balas ou chiclete no lugar do trôco. Aliás, anos atrás, uma amiga da minha irmã, morava em Porto Velho, Rondônia, e todo dia ia comprar pão na padaria e recebia dois chicletinhos de trôco. Ela foi juntando os chicletinhos até que um dia apareceu na padaria com um saco cheio de balas e chicletes. Despejou o conteúdo do saco no balcão e foi pedindo, duas bisnagas, um litro de leite, etc. O caixa ficou olhando pra ela, como quem diz "cadê o dinheiro, moça??", enquanto ela ia se adiantando, "Meu amigo, isso foi o troco das duas últimas semanas. Foi dinheiro pra mim, então tem que ser dinheiro pra vocês também". E foi pra casa com os pães e o leite, e sem balas. Claro que nunca mais deram "troco doce" pra ela.

Me explica aí...6

Uma dúvida que tenho sobre torcida organizada de futebol é a seguinte: se o cara completa 40 anos de idade ele pode continuar membro da torcida jovem?

Me explica aí...5

No atual mundo do dinheiro de plástico (a gente usa cada vez menos as notas e mais os cartões) o uso rotineiro de senhas associado ao desenvolvimento funcional de hackers têm feito os bancos pensarem mais e mais em segurança. O que me impressiona é o seguinte: tenho conta no Banco do Brasil, que assim como outras instituições, introduziu um código de letras para aumentar a segurança. Veja só: no início era só a senha numérica (seis dígitos); depois, para aumentar a segurança (e a dor de cabeça da gente pra decorar mais senhas) incluíram o tal código de três letras, que deveria ser digitado após a confirmação de sua senha. Então para aumentar a segurança durante o uso dos caixas eletrônicos, você agora não precisa mais da sua senha, apenas do código de letras. Alguém me explica aí, que nessa eu boiei legal...a segurança aumenta se eu diminuir as barreiras de acesso???

Preço Justo

Eu sei que há uma relação entre oferta e procura que faz os preços de produtos e serviços oscilarem. Acho até louvável quando resolvem baixar significativamente os preços quando a oferta é demais. Mas, há uns anos atrás, eu estava num hortifruti com minha mãe e havia uma promoção fantástica: o kilo da abóbora está saindo por um centavo! Um centavo! Não resisti! Aí você pensa: "Não resistiu, então foi logo comprar um monte de abóboras?"; "Não, não resisti e pedi meio kilo apenas"...because we can! Fazer o quê? Eu só queria meio kilo, ora, bolas!

Moda Inclusiva

Moda é uma coisa engraçada. Mas, atualmente acho que a moda e, obviamente, os desfiles de moda, que sempre foram criticados por exibir roupas extras (extravagantes e extremamente caras), agora têm uma função politicamente correta, por enaltecer a inclusão social. Saca só, se há dez anos atrás você saísse na rua usando uma calça toda rasgada, uma camisa toda amassada e um tênis ou sapato desbotado com cara de velho, você seria um mendigo. Hoje você é fashion! Tá vendo? Até os mendigos podem andar na moda! Isso é inclusão ou não é? E viva la vida loca!

Escola de Garçons 3

Outra coisa que me veio a mente agora, é que garçom tem audição seletiva sim! Mas a audição seletiva do garçom age de forma bidirecional. Minha intuição é reforçada pelos pedidos de suco (normalmente é com esse produto que acontece isso!). Em geral, o sabor que eu peço, é justamente o que não tem. Tudo bem quando eu escolho sem consultar o garçom, mas, entenda, que eu costumo pedir a lista ao garçom. Ele me passa "Temos graviola, cajá, mangaba, goiaba, umbú, laranja e abacaxi"; "OK, me dê um de mangaba". Daqui há pouco ele volta e diz..."Olha, não temos mangaba!". Obviamente, sua audição seletiva com bloqueio das instruções dadas pelo pessoal da cozinha, o fez ignorar que desde ontem não havia polpa de mangaba. Isso quando você não pede uma coca-cola com gelo e sem limão, e aparece uma caipirinha diet. Ou seja, bloqueio auditivo seletivo recusando-se a escultar e decodificar as informações dadas pelo cliente. Aliás, por falar em limão, uma vez um conhecido meu pediu um sprite sem limão, o que fez o garçom ficar um tanto confuso, pensndo como ele ia trazer um sprite sem limão, até compreender que era pra não colocar rodelas de limão no copo. Isso teve reflexos mais tarde, quando ele pediu uma pizza portuguesa a francesa. O garçom anotou o pedido, começou a sair em direção à cozinha, mas voltou rapidamente, só pra confirmar o pedido: "Peraí, a pizza é portuguesa ou francesa?"

Escola de Garçons 2

Aliás, por falar em escola de garçons, hoje eu me dei conta de que vendedores também passam pelo mesmo processo. Só que eles certamente têm outras disciplinas no curso. Uma delas, possivelmente obrigatória, deve se chamar "incompatibilidade". É que muitos vendedores são (ou manifestam-se assim) absolutamente incompatíveis com o cliente. Normalmente, se você entra numa loja querendo apenas "dar uma olhadinha", "passar o tempo antes do cinema ou do embarque no avião", antes do seu pé tocar o chão da loja, já tem um solícito (na opinião dele) vendedor colado em você: "Posso ajudar?"; "Não, obrigado. Estou só olhando."; "Mas estamos com preços ótimos!"; "Não, obrigado, eu realmente estou só olhando!"; "Mas se você quiser ver alguma coisa, é só me cham.."; "Eu já disse que não quero nada!!!". É uma praga! Por outro lado, quando você quer comprar alguma coisa, a incompatibilidade se faz presente do mesmo jeito. Hoje eu entrei numa grande loja de artigos esportivos pra comprar reparo pra pneu de bicicleta. Fui até a sessão do ciclismo, onde há um vendedor (ou consultor como eles gostam de se chamados agora) e fiquei me fazendo de "boneco do posto", mexendo os braços e olhando pra tudo que é lado, tentando mostrar que estava interessado em comprar algo. Esperei uns dois minutos (pra quem acha que isso é pouco tempo, esteja mega-superapertado pra ir ao banheiro e ouça alguém que está do outro lado da porta dizer que vai sair em dois minutos...). Neste momento, tal como os garçons, nenhum dos vendedores me tinha em seu campo visual. Lá vamos nós outra vez...visão seletiva! Nessa hora, minha sugestão é um apito. Daqueles que se usa em final de copa do mundo, bem estridente. Garanto que a gente vai ser atendido rapidinho...

Escola de Garçons

Eu não sei exatamente como se ensina a ser garçom, mas tenho certeza que nessa escola há uma disciplina que deve se chamar "visão seletiva". É impressionante como os garçons conseguem ter a habilidade única de se posicionar de modo a não ter nenhum cliente em seu campo visual. E às vezes você precisa ficar alguns bons (ou maus) momentos gesticulando, bradindo os braços, ficando com uma das mãos para o alto, como se esperasse a sua vez para falar em sala de aula, ou quisesse autorização para ir ao banheiro. Mas o fato real (até porque se é fato, é real...) é que, a exemplo dos psicanalistas que desenvolvem a audição seletiva, garçons conseguem desenvolver sua visão seletiva. É por isso que sou a favor de duas medidas simples, mas que podem resolver esta situação. A primeira é instalar uma campanhia na mesa (alguns bares já possuem esse serviço), e assim, sempre que você quiser ser atendido, é só apertar a campanhia. A outra medida é, eu sei, eu sei, um pouco menos convencional, mas que também resolveria parte do problema (pro caso do garçom ter cursado disciplinas eletivas na escola de garçons e apendido a audição seletiva...). Voto a favor de se disponibilizar uma bandeira vermelha em cada mesa. Quando quiser chamar o garçom, agite a bandeira! Não há visão seletiva que que deixe de lado um apelo desses.

Me explica aí...4

Alguém aí já foi digitar seu login e senha em seu e-mail, orkut, ou coisa do gênero e errou ao digitar? Me explica por que eles sempre assumem que o e-mail está certo, mas a senha é que está errada? Pode errar de propósito. Você vai ver que eles aceitam seu endereço errado, mas não a senha senha certa...

Respira!!!

Tempos atrás, quando eu era treinador de basquetebol no Rio de Janeiro, eu vivia me deparando com uma situação bem curiosa. Durante os jogos, os pais dos atletas buscam torcer e dar apoio a seus filhos (embora nem sempre saibam como fazê-lo...). Aí, muitas e muitas vezes, quando um jogador ia bater um lance livre, em especial em jogos mais acirrados, sempre aparecia um zeloso pai na grade e gritava para o filho: "Respiiiiiiraaaaaa!!!". Eu olhava pra ele tinha vontade de dizer: "É óbvio que ele vai respirtar! Você acha que vai ficar esperando ficar azul e desmaiar pra arremessar a bola???". Mas eu ficava quieto...vai que um dia eu faço a mesma coisa com os meus...rs. Ora, bolas!

terça-feira, 7 de abril de 2009

Me explica aí...3

Tem uns regionalismos que são muito divertidos. Não tenho dúvidas de que aqui em Aracaju, as pessoas vivem imitando meu carioquês. Mas mesmo assim, tem algumas coisas que se falam por aqui que eu não consigo visualizar. Por exemplo, é bastante comum as pessoas aqui falarem "hoje eu me acordei cedo...". Eu fico pensando, como assim, "me" acordei? Será que um pouco antes da hora de levantar o cara já começa a se bater e dizer pra si mesmo "acorda, anda...vamos, tá na hora..." até ele realmente se levantar???

Controle

É impressionante como existe uma relação inversa entre o controle do seu...do seu..esfincter anal (sim, sim, seu fiofó!) e a distância de casa. Muita gente (não é exatamente meu caso...) tem certa dificuldade de "usar o troninho" fora de sua própria casa. De qualquer forma, independentemente de suas tolerância neste quesito, quando rola uma "discussão interna" e você precisa encontrar um banheiro o mais rápido possível, você vai se segurando, se apertando, pra ver se consegue chegar ao seu destino. Pois bem, Neste momento, entenda que você não pode correr, mas também não pode andar calmamente. Mantendo os passos firmes e longos, você vai se aproximando do banheiro mais próximo que existe. E parece que vai se soltando...relaxando...e...se desesperando! Alguém aí já precisou usar banheiro de rodoviária do interior? Tem que rolar uma "posição de marcação do basquete", sabe como é? Não dá pra tocar em nada! Nem nas paredes! Uma vez eu estava correndo na rua, quando me deu um revertério daqueles. Eu tava correndo, tive que andar! E rápido! Tinha um posto da guarda municipal pra um lado, e os bares da noite aracajuana do outro. Eu não sabia se no posto tinha banheiro. Precisei pensar, o que naquelas condições não seria o meu forte. Decidi apostar nos bares. Atravessei a rua com pressa, mas ainda andando e suando frio, e alcancei o bar. Entrei e fui logo perguntando ao garçom: "meu amigo onde é o banheiro?". Não sei por que, mas ele achou que eu estava perguntando se tinha água! Aí, eu falei: "Não, água não. O banheiro." Ele apontou a direção e aí eu perguntei: "Mas peraí, tem água no banheiro??" Perguntas demais, controle de menos...mas consegui chegar lá! Nunca mais voltei ao bar, lógico, escapei de boa...ou má.

Conequissão de bunda larga

Fiquei sem internet por um longo período de tempo aqui em casa. Claro que reclamei (várias vezes) à companhia responsável. Aliás, ainda tenho aqui uns 15 números de protocolos e nomes de atendentes. O que me leva a perguntar, será que alguém aí já foi atendido pelo mesmo operador de call center duas vezes? Enfim, uma das últimas vezes que liguei pra operadora para reclamar, depois de ser atendido muito educadamente pela secretária eletrônica, ou como ela gosta de anunciar, minha "atendente virtual", uma das mensagens mais interessantes dizia que eu agora poderia entrar em contato com a central de relacionamentos também pela internet, pois assim poderia ser atendido mais rapidamente. Não, EU não podia...ora, bolas! Precisa explicar??

Insetos evoluídos

Tá bom, eu sei que eu sou fã de Guerra nas Estrelas, mas não sabia que as muriçocas também eram! Já deve ter acontecido com você em algum momento: tem um mosquito te enchendo o saco...voa pra lá...voa pra cá...e de repente você ajusta sua mira e dispara uma batida de palma certeira esmagando o desgraçado. Pelo menos é o que você pensa! Quando você abre a mão...nada! Olha pro chão pra ver se ele caiu...nada! Procura por ele ainda voando no ar...nada! Conclusão óbvia: ele acionou os propulsores traseiros para atingir o hiperespaço! Êta bichinho evoluído da porra! (desculpem o termo!). E formiga? Não há a menor possibilidade de alguém tentar me convencer que formiga não é criada por geração espontânea! Eu morava no 10º andar de um prédio. Deixava cair uma simples migalha de cream cracker no chão e de repente, onde não havia formigas em um raio de 10 m, pelo menos, surge todo um regimento militar artrópode devorando e carregando minhas migalhas! Surgiram de onde???? Eu odeio formiga! Formiga só é engraçadinha naquele filme "Vida de Inseto", e olhe lá...

domingo, 5 de abril de 2009

Me explica aí...2

Eu não consigo entender banheiro público! Digo, banheiro de shopping center, aeroporto, coisas do gênero. Tem um restaurante num shopping no Rio em cujo banheiro foram colocados painéis com partes de um jornal popular de lá na parede logo acima do mictório. É bom poder ler algumas notícias enquanto você urina, mas pra continuar lendo o jornal você tem que sair mijando (desculpem o termo!) em todos os mictórios! Numa churrascaria no Leblon, instalaram TVs com acesso aos canais por assinatura. O cara tá tomando umas cervejinhas, dá vontade de ir ao banheiro, mas não quer perder nenhum lance do jogo. Beleza! Mas e pra lavar as mãos? Aquelas torneiras automáticas, que devem ter sido criadas para evitar o desperdício, são um grande desperdício. Olha só: você aperta uma vez, e vai esfregando as mãos ensaboando e quando começa a tirar o sabão, acaba a água. Aí, você tem que apertar outra vez, mas agora, quando você já tirou todo o sabão, e água continua a sair da torneira. Não falei que era desperdício. E pra secar as mãos? Na boa, alguém aí já conseguiu secar as mãos com "apenas duas folhas"? Isso quando não é aquela caixinha presa na parede que você tem que puxar o papel pra baixo. Só que como sua mão está molhada, ao menor contato das mãos (ou dedos) com o papel, o mesmo se desfaz. Aí, você fica tentando puxar mais pra cima, até que tenha que enfiar a mão por dentro da caixa. Nessa, você acaba trazendo quase todo o estoque de papel de dentro da caixa. Mas o pior de todos, é aquele vaporzinho. Aquilo parece bafo de sogra (desculpem as sogras)! Já começa que o sensor que aciona o motor não fica na mesma direção do saída do vapor, ou seja, tem que rolar uma dança das mãos pra que você mantenha o vapor ligado e tente secar as mãos. Eu disse "tente secar", pois eu não conheço ninguém que tenha efetivamente conseguido secar as mãos naquela máquina. O nome daquilo tá errado! Ao invés de "Secadores de Mãos", deveria se chamar "Tiradores de Excesso", porque você tira o excesso no vapor e depois seca as mãos na calça...

Me explica aí...

Na boa, me explica por que alguém gostaria de se tornar goleiro de handebol? Só pode ser masoquista! O cara passa o jogo todo tomando bolada nos mais indesejados lugares do seu corpo. E no final, se alguém te elogiar dizendo que "hoje você fechou o gol!", isso significa que o cara vai pra casa cheio de hematomas, possivelmente como nariz quebrado ou dentes faltando, e ainda assim deve ter levado uns 30 gols, pois jogo de handebol termina 45 x 37, ou coisa parecida. Alguém entende?

Serviço do bordo

Já ouvi muita gente reclamar da Gol. Eu não tenho nada contra. A única coisa que a empresa deu mole, foi em relação a seu deparmento comercial. Ao invés de contratarem uma empresa de catering para fazer o serviço de bordo, parece que contrataram uma indústria farmacêutica. Por isso que a gente só recebe aquelas "amostras grátis" de lanche. Um conhecido meu, num vôo São Paulo-Recife (escalas no Rio de Janeiro e Salvador), contou a seguinte estória: quando a comissária perguntou qual das três opções de barrinhas de cereais ele gostaria, ele disse que queria três. E ela, "o senhor que os três sabores?", "Não, quero três de cada sabor! Eu tô com fome, e vocês só me dão barrinha!". Detalhe: ele fez isso nas três pernas do vôo (São Paulo-Rio; Rio-Salvador; Salvador-Recife). Levou 27 barrinhas na bolsa. Ah, não contei...ele não come barrinha...mas a filha gosta!

As comissárias...

Confesso que sempre presto atenção às demonstrações de "procedimentos em caso de despressurização da cabine", etc, por causa da comissárias de bordo! Quando são comissários que demonstram, olho pra janela, ou fico vendo a sessão quem voou de onde pra onde e por que da revistinha da Gol. A TAM agora passa um video que substitui o bem ensaiado teatrinho pré-vôo. Tecnologia. Ainda assim, outro dia me perguntaram por que nos preparativos de um vôo entre Belo Horizonte e Brasília, informam que "seu assento é flutuante". Qual é a idéia: pouso de emergência de um Boing 747-700 numa piscina? Quem construiu???

Traçando rotas

Na boa, me digam por que as empresas aéreas na hora de contratar os profissionais responsáveis por traçar as rotas (itinerários) de vôo não exigem alguns pré-requisitos, tipo "desejável conhecimento mínimo sobre o mapa do Brasil e localização das principais cidades..."? Saca só: a primeira vez que vim para Aracaju (saindo do Rio), peguei um vôo da Gol que fazia a rota Rio-Aracaju-Maceió-Guarulhos. Até aí, nada demais. Quem sai do Rio pra Aracaju, tem vôo direto; quem vai pra Maceió, faz escala em Aracaju; De Aracaju, vôo direto para Maceió; Maceió, vôo direto pra São Paulo; de Aracaju pra São Paulo, tudo bem fazer uma escalazinha em Maceió (são apenas 25 min de vôo entre essas cidades), mesmo indo na direção contária. Mas, entendam que o vôo é anunciado e vendido como "Rio-Guarulhos com escalas em Aracaju e Maceió". E tinah um desgraçado (desculpem o termo!) sentado do meu lado que ia pra São Paulo! Fala sério! Se ele fosse de ônibus leito, chegava mais rápido, mais confortavelmente e pagando mais barato! A TAM tem um (único) vôo que faz Aracaju-Maceió, com conexão em Guarulhos! Hein? Como é? É isso mesmo? Um vôo que deveria durar 25 min (são apenas 280 km de distância), dura 3 h até São Paulo, sabe-se lá que horas o reembarque e decolagem vão acontecer, pra voar mais 3h30 até o destino final? Ora, bolas!

Atenção senhores passageiros...

Certamente, alguns comandantes deveriam aprender a ficar calados. Passar certas informações aos passageiros é simplesmente não ter nada melhor pra fazer. E o pior é que eles devem ter algo mais importante pra fazer enquanto estamos voando à "nossa altitude de cruzeiro, 11 mil pés, ou seja, cerca de 33 mil metros de altitude; nossa velocidade é 750 km/h; e a temperatura externa é -45º". Aí, eu pergunto: "who cares????" Quando o vôo é de noite, não dá pra ver nada lá fora mesmo. De dia, dependendo do percurso, a única imagem visível lá fora são as nuvens. A noção de velocidade fica distorcida, já que tudo lá fora parece maquete de trabalho de feira de ciências da quarta série. Tenho o (mau) hábito de não usar relógio (vejo as horas no celular), por isso, nem aquela informação "nosso pouso está previsto para às 14h45" me serve. Como o celular tem ficar desligado durante o vôo, não faço idéia de que horas sejam. OK, eu sei, que isso é problema meu, admito! Mas, pera lá, será que eu preciso saber que (durante uma chuva torrencial em São Paulo, no carnaval de 2001) "a nossa nave tem prioridade de pouso, pois já utilizamos toda a nossa reserva..." Hein? Como é? De onde o comandante achou que essa informação ia me deixar feliz e calmo?? "Oba, vamos pousar logo! Por bem ou por mal!"

Saudades da Iris Lettieri*

Outro dia eu estava no aeroporto em Belém e minha irmã me alertou para que eu tomasse cuidado, pois a Infraero não anunciava mais os vôos pelo auto-falante. A alegação dada foi "poluição sonora"! Como é? Poluição sonora? Achei que isso era um serviço de utilidade pública! Pelo visto, não. Pra mim, poluição sonora é ter que ficar ouvindo o reverso das turbinas freiando os aviões. Isolamento acústico pra evitar esse estrondo, nao precisa! O que atrapalha é saber que seu está atrasado...

*A voz mais famosa do serviço de auto-falante do aeroporto Maestro Antonio Carlos Jobim (Galeão) no Rio de Janeiro. Com aquela voz cativante aceito até que meu vôo seja cancelado...ou não!

Aviação Civil Brasileira 2

Nossas companhias de aviação civil têm se esforçado para melhorar o atendimento ao cliente, é verdade. Mas me diga lá, quando é que ficou decidido que ter 60 anos é melhor do que ter 25? Porque é assim que a Gol se refere aos passageiros da terceira idade. Não querer chamá-los de idosos pra não ofender, tudo bem (se é que isso é ofensa...), mas querer chamá-los de "passageiros da melhor idade", aí também já é demais! Aliás, essa entrada politicamente correta na aeronave é bem curiosa! Primeiro entram os passageiros que por alguma razão apresentam dificuldade de locomoção (gestantes, pessoas acompanhadas de crianças de colo, os "da melhor idade", e os com dificuldade locomotora propriamente dita). Isso é bacana, pois assim estas pessoas podem caminhar devagar até a nave e acomodar-se em seus assentos calmamente! Só que logo em seguida entram todos os outros passageiros que ultrapassam aqueles primeiros ainda no finger (aquele túnel que leva a gente pra dentro do avião). Ah,e alguém pode me explicar duas coisianhas? Por que diabos as pessoas formam aquela fila enorrrrrrrrrrrrrrme assim que se anuncia que "em breve vamos dar início aos procedimentos de embarque...". O seu acento está marcado! Ninguém vai sentar ali, só você! Pra que a pressa pra ficar preso naquela bisnaga de metal que todo mundo diz que desconfortável??? Isso é, inclusive, incoerente com a outra situação para a qual solicito explicação. Por que todo mundo se levanta assim que a aeronave pára (mesmo aqueles que estão sentados na janela e por conta do bagageiro acima de suas cabeças, precisam ficar curvados ao se levantarem...nada confortável)? As portas ainda estão fechadas, e ninguém vai desembarcar. Conclusão: ô povinho pra gostar de formar fila!

Aviação Civil Brasileira

Durante cerca de um ano morei em uma casa aqui em Aracaju que era pertinho do aeroporto. Aliás, vale apena comentar que Aracaju tem aeroporto. Você deve se perguntar "sim, e daí??". Eu explico. Várias das capiatais brasileiras fingem que tem aeroportos. Veja só: o de Salvador fica em Lauro de Freitas, o de Maceió fica em Rico Largo, Natal em Paramirim, João Pessoa em Baieux (chique, não?) e Curitiba em São José dos Pinhais. Mas, morar perto do aeroporto tinha duas vantagens. A primeira é que quando eu ia receber visita dos parentes, dava pra ouvir o avião pousando, e só depois a gente saia de casa pra buscá-los. Claro que ao longo do ano chegavam muito mais aviões do que visitas, o que tornava essa vantagem nem tanto assim vantajosa. O outro aspecto era poder ir a pé pro aeroporto. Legal, né? Peraí, quem é que vai a pé pro aeoporto? Qual a utilidade disso? Você vai ao aeroporto pra viajar; logo implica em estar com mala. Ou então, vai buscar alguém que chega de viagem, que também estará carregando mala. Pense na situação: sua prima chega e você pergunta "sua mala está muito pesada? Quer que eu a carregue?" Aí, ela muito educaca diz que não precisa, não quer incomodar. Então você diz "Ah, que por que é só 1,5 km de distância por uma rua de paralelepípedo..."