quarta-feira, 15 de abril de 2009

Descargas titubeantes

Se tem uma coisa embaroçosa na casa dos outros é utilizar o banheiro. Quando é casa de gente com quem você tem pouca intimidade então, pior ainda. Rola sempre aquela tensão. Você tá apertado, precisa ir lá, e fica com vergonha de perguntar onde é. Aí, usa aquela expressão que só se usa nessas horas: "Onde fica o toillete?" Na boa, alguém fala desse jeito no dia-dia? Nunca ouvi! E nem falei! Só no desespero na casa dos outros. Ou em restaurante chique. Porque se for em barzinho, boteco mesmo, o cara sai gritando por garçom "aí, amizade, onde fica o banheiro que eu preciso dar uma aliviada na pressão aqui?". Mas isso é só a entrada. Lá dentro, piora. Em especial quando você se depara com vaso sanitário com descarga titubeante! Sabe como é? Aquela cujos "navegantes" ficam em dúvida se vão embora ou não. Eles rodam, navegam, chegam lá no fundo do vaso, e voltam à superfície com a certeza de que chegaram pra ficar. Aí, não tem jeito: tome descarga novamente! Nesse momento, todo mundo na sala de estar já sabe o que você foi fazer lá dentro. Xixi não volta! Logo, só pode ter sido o nº 2! E quanto aos "navegantes" que pensam que estã ali apenas se divertindo e então resolvem voltar? Você acha que ele foi, que passou pro outro lado do sifão, mas é só você se preparar pra lavar as mãos que ... tchan, tchan, tchan tchaaan: tá lá um corpo boiando nas agora calmas águas do bocão. Uma vez eu tive que dar a descarga cinco vezes (juro!) pro danado ir embora! Em tempos de racionamento de água aqui na terrinha, isso é um mal negócio. Além de gastar aquele raio daquele desinfetante que fica pendurado na parede do vaso. Na propaganda diz que dura umas 300 descargas. Bom, aqui dura uma semana e olhe lá. E o pior é que às vezes os navegantes entram em acordo com o desinfetante que esconde o bicho embaixo da espuma. Você acha que ele foi, mas está aguardando a oportunidade de se revelar. E pra lavar as mãos? Por que os caras que projetam louças pra banheiro não fazem uma pequena verificação métrica pra se certificar que o jato d'água da torneira vai cair dentro da pia? É, porque tem torneira que faz a água cair praticamente fora. Isso quando tem espaço entre a saída d'água e a borda da pia pra você colocar as mãos. Aliás, as pias de hoje tem formatos tão diferentes e esquisitos que às vezes dá pra ficar em dúvida se aquilo é pia mesmo ou só um enfeite. Me lembrou um amigo de época de escola que certa vez entrou no banheiro do colégio correndo, louco de vontade de fazer um xixizinho inocente, que nem percebeu que aquilo não era o mictório...bom, lavar as mãos ali depois foi uma merda...

Bactéria mal educada!

Há alguns poucos meses adotei como página inicial da internet no meu computador o "google night", que é o google ecologicamente correto. A tela é preta, em contraste com a tela branca tradicional do google convencional. Depois, passou a se chamar "google ecognight" (www.ecognight.com/pt). A proposta, além de economizar energia do próprio computador, é apresentar dicas ecológicas para poupar energia e água, fazer coleta seletiva de lixo, reciclagem, etc. Para que isso ocorra, sempre na tela principal do ecognight aparece uma dica de um blog próprio com vários posts bem interessantes pra quem é da área ou se preocupa com questões ambientais. No entanto, a nota de hoje de manhã foi "Bactéria come eletricidade e peida biogás". Eu me recuso a comentar isso...rs.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Corrente pra frente!

Não existe nada mais irritante do que ficar recebendo e-mails de corrente pela internet (até porque se é e-mail, tem que ser pela internet). Quando vem anexo um arquivo pps com mensagem piegas, daquelas que as letras das palavras vão caindo do alto do slide, tranquila e calmamente, e que fazem cada slide levar meia hora pra aparecer por completo, associada a uma imagem de anjinho, então, nem se fala! Eu tinha um amigo (que deixou de ser amigo, claro...) que vivia mandando este tipo de mensagem pra toda a sua caixa de endereços. Aliás, em que momento estas pessoas chegaram à conclusão de que se elas gostam disso, todo mundo gosta? Há tempos atrás, eu bolei uma solução quase pacífica pra esse estorvo. Eu criei uma pasta de correntes recebidas. Aí, sempre que alguém me mandava uma corrente, recebia todas as outras de volta! Nunca mais o cara (ou a cara) me mandava este tipo de mensagem novamente. Meu sonho é que aquela mensagem que encerra esses e-mails "envie este e-mail para o maior número de pessoas" pudesse ser substituído por "esta mensagem se destruirá automaticamente em cinco segundos para evitar que outras percam seu tempo com esta baboseira". E os alertas urgentes de vírus? Daqueles que vão destruir seu HD em apenas sete dias? "Meu computador estava infectado por este vírus e eu nem sabia...". Não era um vírus: era um arquivo do Windows que você acabou de deletar e agora sim, seu computador não vai funcionar direito. O vírus estava na interface entre a cadeira e o teclado! Outra coisa irritante, são os recados do orkut do tipo "Oi, só passei aqui pra te desejar uma ótima quarta-feira!". Vamos analisar isso aqui de duas formas: a primeira é: que puta falta do que fazer! (desculpem o termo!). A segunda é: peraí, e os outros dias da semana? Por que só a quarta-feira? Será que o mundo vai acabar na quinta e é por isso que você me deseja uma ótima quarta-feira? Pra eu curtir ao máximo antes do fim do mundo?

Haja paciência...Alt+F4!

Me explica aí...13

Sinceramente, não consigo aceitar certas coisas em nosso país! Vejam só: dia 21 de abril é feriado nacional em homenagem a nosso herói da inconfidência mineira, Tiradentes, que não foi herói de p. nenhuma. É verdade que essa data tem um outro significado histórico, um pouco mais recente. Algo que ocorreu há quase 37 anos atrás, mas isso nao vem ao caso agora. Dia 23 de abril, no Rio de Janeiro, é feriado. Por quê? Dia de São Jorge, o guerreiro. Ninguém esqueceu de nada não? Espremido feito uma laranja entre estas duas datas profundamente simbólicas em nosso calendário está o dia 22 de abril. Essa data é o quê mesmo? É um dia como outro qualquer? Não! É o dia do descobrimento do Brasil (pelo menos, segundo a versão da maioria dos historiadores). Parece que o dia 22 de abril é um dia para ser esquecido. E o pior é que nunca ouvi ninguém se manifestar acerca deste assunto.

Me explica aí...12

Se a informática é uma ciência exata, por que vive dando erro no computador?

domingo, 12 de abril de 2009

Vitamina S

Não existe nada melhor do que frango de padaria. Por melhor que alguém possa cozinhar, nunca fica igual ao frango grelhado na famosa televisão de cachorro. Aliás, existem coisas que não adianta você querer reproduzir, nunca saem da mesma forma. Por exemplo, misto quente de cantina de colégio. Quem não estudou em colégio cuja cantina oferecia esta preciosidade, azar. Onde estudei, tinha o famoso misto do Pessanha, funcionário da antiga e responsável por fazer o sanduíche. O que tem demais? Sei lá, pão, queijo, presunto e uma manteiguinha. Eu não sei o que é, mas que é diferente, é. Outra coisa que não dá pra copiar é mate Leão nas praias do Rio. Você pode comprar o pó do mate, a erva, o que quiser, nunca vai fazer um mate como aquele. Talvez haja um ingrediente comum em todas essas guloseimas: vitamina S! De sujeira, mesmo. Chego à conclusão de que coliformes fecais são um tempero que não pode faltar em sua cozinha. O que seria do famoso "podrão" (cachorro quente de fim de noite) num ambiente limpo e sanitarizado? De agora em diante, vou ser propositalmente desleixado na limpeza da minha cozinha. Quem sabe assim, eu consigo fazer coisas deliciosas em casa? Quem sabe assim eu aprendo a cozinhar? Ah, e quem sabe assim, eu até compre um fogão...

Já tive mulheres...3

Dizem que azarado tem mais é que ferrar. É a mais pura verdade. Se você leu a história abaixo, entenda que isto aqui aconteceu na mesma semana! Então, na sexta-feira seguinte, aniversário de uma outra amiga num barzinho no Leblon, e de repente chega uma loura estonteante e se aproxima da nossa mesa. Era amiga da aniversariante! Feliz aniversário!!! Papo vai, papo vem, e ela foi entrando nas nossas conversas “sérias” de mesa de bar, quando a aniversariante senta do meu lado. “Legal essa sua amiga, hein?”. “Ela é um amor, mas... (bom, a essa altura do campeonato você não deve ter dúvidas de que lá vem roubada, não é?) ela só tem um probleminha!”. Atenção: aprenda a fazer análise de risco em uma situação! Tem informações que são absolutamente desnecessárias. Tipo descobrir que a Juliana Paes tem celulite. Ora, bolas, qual é o benefício dessa informação? Ou, como dizem, essa informação não agrega valor nenhum. Eu tava feliz daquele jeito! Mas,”E qual é o probleminha dela?”. “Ela acabou de separar...”. OK, agora vamos debater um pouco sobre ordem de grandeza temporal. Quando alguém diz “daqui a dez minutinhos eu tô chegando”, é sinal que vai levar uns 40 min pra chegar, no mínimo. Isso se é que já saiu de casa. Nessas horas, inclusive, tem gente que diz que já está a caminho. Não importa se ele acabou de fechar a porta de casa e ainda vai andar um bocado até o carro. Ele está no caminho. Claro que quem ouve pensa nos tais 10 minutinhos. Tá bom, mas, e quando alguém diz que acabou de separar, quanto tempo é isso? No meu caso, nem 48 h! Ê, roubada! E o nome dela? Bom, no sentido fictício também, era algo como...Marian. Calma, eu explico. A mãe queria homenagear uma das avós da menina, mas não conseguia se decidir por qual, e como uma se chamava Maria e a outra Mariana...acabou a explicação.

Já tive mulheres...2

Uma vez, eu estava numa boate, no aniversário de uma amiga, e conheci a irmã da aniversariante. Muito bonita, simpática, divertida, fomos descobrindo que conhecíamos pessoas em comum, ou seja, sabendo como eu sou azarado com essas coisas, devia ter alguma coisa errada naquela história. Num dado momento perguntei a ela a que horas a gente ia se encontrar no dia seguinte (ê, Don Juan de meia tigela). E foi quando ela balançou os cabelos como quem quer fazer o cérebro pegar no tranco (piadinha machista, desculpem...) e me disse: “Deixa eu te contar a minha situação!”. Nesse momento, a minha vontade era dar uma de Leão da Montanha e dizer “saída pela esquerda” e sumir dali antes que ela contasse a tal situação. Não deu tempo. Ela contou. “É que acabei de terminar um namoro...de nove anos...no mês passado...meus pais nem sabem ainda...”. Não falei que tinha alguma coisa errada? Então combinamos de almoçar na quarta-feira. Só que quando ela chegou, ficava meio que escondendo o rosto e repetindo baixinho “ai, eu quero sumir, eu quero sumir, me tira daqui, não quero que ninguém me veja...”. Mais uma vez, eu não disse que era roubada? Quando saltamos do carro, eu joguei as cartas na mesa; “Olha só, já entendi o que está acontecendo. Você terminou o namoro porque queria casar e ele não. Aí, ele te procurou estes dias, dizendo que se arrependeu, que você é a mulher da vida dele, e que agora quer casar contigo, mas você não sabe se aceita, porque me conheceu nesse meio tempo. É isso?” Ela confirmou. Tremenda roubada! E eu era apenas um acidente de percurso naquela história. Mas de repente, pra piorar a situação, ela abre a bolsa e puxa uma carta que ela havia psicografado na noite anterior dizendo que sabia que aquilo ia acontecer...com todo respeito, isso foi demaaaaais pra mim! E lembre-se que a gente ia almoçar...e eu continuava com fome!

Já tive mulheres...

Tenho uma habilidade ímpar de me aproximar de mulheres complicadas. Juro que estou tentando resolver, mas por enquanto, posso aproveitar para transmitir minhas experiências aos mais novos. Certa vez, quando eu trabalhava numa academia, tinha uma aluna que vivia do meu lado, se insinuando, mas na hora H, fingia que não era com ela. Até que numa quinta-feira, ela me disse que tinha uma festa pra ir no dia seguinte, e me convidou pra ir com ela. Então, no dia seguinte, sexta-feira, eu fui ligar pra ela. O papo foi mais ou menos assim: “Alô?”; “Luciana? (não, esse não é o nome verdadeiro dela...), sou eu! (o meu nome vocês sabem, né?)”; “Fala, sumido!”; Pausa pra pensar...como assim, sumido? Eu estive com ela ontem?; “Pô, nunca mais me ligou, né?”; Bom, a essa altura, definitivamente eu me toquei que não fazia a menor idéia de com quem eu estava falando. E na era da agenda do celular, dois fenômenos passaram a acontecer. Um é que não decoramos telefone de mais ninguém. O outro é que é impossível você ligar pro número errado. Tá na memória do telefone! É só selecionar o nome da pessoa e apertar a tecla send. Mas, voltando ao assunto, com quem eu estava falando? Usei uma tática que meu costuma usar quando encontra pessoas na rua e ele não se lembra de onde as conhece. Pode ser “Tem ido lá?”, ou então “E o pessoal, como está?”. A que nunca funciona nessa hora é “E aí, quais são as novidades?”. Essa é muito pouco eficiente, pois normalmente a resposta é “Ah, tá tudo na mesma!”, e aí você continua sem dicas. Pois bem, acabei percebendo que eu tinha ligado pra Luciana errada. Essa era uma com quem eu tinha saído tempos atrás, e nunca mais a gente se falou. E de repente, estava eu ligando para uma mulher solteira, com quem eu já tinha saído, numa sexta-feira a noite...pra não sair com ela...ops, Houston, we have a problem! Bom, na época eu estava em início do doutorado, coisa que aliás, diversas vezes me valeu como desculpa pra evitar um monte de programas de índio, e aí, mandei...”Pois é, o doutorado tá me comendo vivo, não tenho tempo pra nada! Não vou nem sair hoje! Só te liguei pra saber das notícias...(para de olhar assim, como quem diz “você não vai pra céu!!”). Bom, ela aceitou a história, e aí, finalmente fui ligar pra Luciana certa, que me disse, “Ah, agora ficou tarde, não vou sair mais não!”. Tá rindo, né? Não foi contigo...