Uma vez, eu estava numa boate, no aniversário de uma amiga, e conheci a irmã da aniversariante. Muito bonita, simpática, divertida, fomos descobrindo que conhecíamos pessoas em comum, ou seja, sabendo como eu sou azarado com essas coisas, devia ter alguma coisa errada naquela história. Num dado momento perguntei a ela a que horas a gente ia se encontrar no dia seguinte (
ê, Don Juan de meia tigela). E foi quando ela balançou os cabelos como quem quer fazer o cérebro pegar no tranco (piadinha machista, desculpem...) e me disse: “Deixa eu te contar a minha situação!”. Nesse momento, a minha vontade era dar uma de Leão da Montanha e dizer “saída pela esquerda” e sumir dali antes que ela contasse a tal situação. Não deu tempo. Ela contou. “É que acabei de terminar um namoro...de nove anos...no mês passado...meus pais nem sabem ainda...”. Não falei que tinha alguma coisa errada? Então combinamos de almoçar na quarta-feira. Só que quando ela chegou, ficava meio que escondendo o rosto e repetindo baixinho “ai, eu quero sumir, eu quero sumir, me tira daqui, não quero que ninguém me veja...”. Mais uma vez, eu não disse que era roubada? Quando saltamos do carro, eu joguei as cartas na mesa; “Olha só, já entendi o que está acontecendo. Você terminou o namoro porque queria casar e ele não. Aí, ele te procurou estes dias, dizendo que se arrependeu, que você é a mulher da vida dele, e que agora quer casar contigo, mas você não sabe se aceita, porque me conheceu nesse meio tempo. É isso?” Ela confirmou. Tremenda roubada! E eu era apenas um acidente de percurso naquela história. Mas de repente, pra piorar a situação, ela abre a bolsa e puxa uma carta que ela havia psicografado na noite anterior dizendo que sabia que aquilo ia acontecer...com todo respeito, isso foi demaaaaais pra mim! E lembre-se que a gente ia almoçar...e eu continuava com fome!
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