sábado, 25 de abril de 2009

Estatísticas (atualizado)

Estatística é uma ciência ao mesmo tempo exata e inexplicável. Sem falar que é muitas vezes inútil! Pra você não achar que eu estou exagerando, nos Estados Unidos há um livro chamado "How to lie with statistics" (Como mentir com a estatística). Ou seja, você a usa como quiser, pra que sempre dê o resultado que você precisa. Viva o impacto! Coisas do tipo "cerca de 67% dos Reis Magos levaram presentes mais valiosos do que ouro para dar ao menino Jesus!". Lendo assim, parece uma multidão...

O mundo do esporte tem usado muito as estatísticas para determinar o desempenho dos atletas durante as partidas ou da temporada. Fico orgulhoso em saber que há 57 anos o Brasil não perde pro Suriname, jogando em casa em dia de chuva e usando o uniforme azul. Desse jeito, eu também posso falar que eu nunca perdi uma luta de boxe pro Mike Tyson! E aquelas informações do tipo, "o lateral direito está há 27 min sem tocar a bola com o pé esquerdo!", porra (desculpem o termo!), que bom, isso acabou com minha prisão de ventre! Outra estatística que eu não entendo é falar que o atacante tem uma média de 1,3 gols por partida. Peraí, 1,3? Alguém aí já fez 0,3 gol? É o quê? Bola na trave vale 0,3, no travessão vale 0,5, se tocar em duas traves vale 0,7? Quer dizer, se o time estiver perdendo de 1 x0, é só colocar esse cara em campo, que se ele mantiver a média de gols, nosso time ganha de 1,3 x 1? Uma outra curiosidade que eu tenho é qual a média de gols marcados fora da área, pelo lado esquerdo do campo, por jogadores destros, que entraram no segundo tempo, em sua primeira temporada no clube, depois de terem sido repatriados do futebol russo, mas que nunca foram convocados pelo Dunga, jogando no campo do adversário, após receber uma falta que não rendeu cartão amarelo, ajeitando a bola com o braço, no jogo de volta da Copa do Brasil! Até hoje ninguém revelou isso!! Não falei de impedimento porque pode ter mulheres lendo isso aqui...

Outro dia disseram que o basquetebol brasileiro masculino não vai aos Jogos Olímpicos há 13 anos. Se a conta for essa, eu já logo prevendo que os atuais campeões, EUA, ficarão quatro anos sem jogar essa competição também. Os Jogos só ocorrem de quatro em quatro anos!

Quer outra boa utilização da estatística? Um professor meu certa vez disse que a melhor maneira de ter certeza de que não há uma bomba no avião, é levar sua própria bomba! Estatisticamente, a chance de haver uma bomba no avião é baixíssima. Duas então, nem se fala. Ou seja, se você estiver carregando sua própria bomba, é muito pouco provável que outra pessoa também esteja. Um outro professor em outra época disse antes de começar uma determinada atividade com a turma: metade de vocês vão pro lado de lá, metade vão pra lado de cá, e o resto fica aqui comigo!" Sem cometários.

Atualização estatística: 50% dos leitores acharam esse post uma merda (ops!), enquanto os outros 50% acharam que essa merda (ops!) nem post de verdade é!

Um comentário:

  1. Você abordou com excelente bom humor um assunto que é extremamente perigoso. Nas Ciências Humanas, nela incluídas a Economia e a Política, os dados estatísticos são, na maioria das vezes, manipulatórios (será que essa palavra existe?). Um exemplo: cerca de uma semana antes da quebra do Lehman Brother, que disparou a atual crise, especialistas apresentaram estatísticas baixíssimas para provar a impossibilidade do agravamento da situação econômica das instituições financeiras norte-americanas. E aí veio o fatídico 15/09/08.
    O nosso bom Dagô costuma dizer que nunca viu tantos palpiteiros dando pitacos sem base mas apoiados em dados estatísticos.
    Xi!!!!! Ese comentário está ficando sério pra além da conta.

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